Com a morte da Rainha, The Crown pode ser interrompida

Baseada na vida e trabalho da Rainha Elizabeth II, a série The Crown deverá ser interrompida temporariamente.
Baseada na vida e trabalho da Rainha Elizabeth II, a série The Crown deverá ser interrompida temporariamente.

Segundo informações do Deadline, uma revista online norte-americana especializada em TV e cinema, a série The Crown deverá ser interrompida por causa da morte da rainha Elizabeth II do Reino Unido. A trama de sucesso, de autoria do dramaturgo britânico Peter Morgan, é baseada na vida pessoal e na carreira monárquica de Elizabeth.

Ainda de acordo com as informações do Deadline, a Netflix, que produz e transmite a série, já havia dito que, caso a rainha viesse a falecer durante as gravações, os trabalhos seriam interrompidos. Esse também é o desejo de Peter Morgan, que em comunicado à imprensa disse que espera a interrupção das filmagens em respeito à monarca britânica. “The Crown é uma carta de amor para ela e não tenho nada a acrescentar por enquanto, apenas silêncio e respeito. Espero que paremos de filmar por respeito também”, disse.

A morte da rainha aconteceu meses antes da estreia da quinta temporada da série, que estava prevista para novembro deste ano. A nova temporada irá retratar também um novo período na vida de Elizabeth II, o que motivará a mudança total do elenco. Os atores e atrizes principais deste novo período são Imelda Staunton, como Elizabeth, Jonathan Pryce como príncipe Philip, Dominic West como príncipe Charles e a atriz Elizabeth Debicki como princesa Diana.

Operação London Bridge

Logo após o anúncio do falecimento da rainha, feito na última quinta-feira (8), teve início a chamada Operação London Bridge. Esse termo se refere a um longo protocolo de homenagens e atos de reverência que culminarão no sepultamento de Elizabeth II e na coroação do seu filho Charles, que já foi proclamado como Rei Charles III.

Esse protocolo é um plano produzido e detalhado ao longo de anos por autoridades britânicas que queriam preparar o país para a partida da monarca, que uma hora aconteceria. A equipe por trás do processional inclui funcionários do governo, do Palácio de Buckingham (residência oficial da rainha), da polícia, do exército e das emissoras de TV britânicas.

Até o momento os detalhes da London Bridge não estão totalmente esclarecidos, mas alguns passos já foram dados. Dentre os processuais incluídos, está o envio de comunicados oficiais ao países que têm a monarquia britânica na chefia de estado, como é o caso da Austrália e do Canadá, e aos países da commonwealth, onde a rainha era respeitada.

Além disso, o comunicado aos integrantes do governo britânico, capitaneados pela primeira-ministra Liz Truss, também é um protocolo, bem como a proclamação do novo rei. Ambos os fatos já aconteceram.

A partir desse ponto, a operação começa a focar nas homenagens à rainha e nas condolências à sua família, que agora é representada pelo Rei Charles III. O novo monarca deve viajar pelos países do Reino Unido para receber monções de condolências, enquanto o caixão da rainha volta para Londres, para o início do funeral.

Por fim, o funeral deve ser aberto ao público para a realização de procissões e mais momentos de homenagens à rainha, até que o luto nacional seja proclamado e o funeral de estado seja realizado na Abadia de Westminster, em Londres. No fim do processual, Elizabeth II será sepultada no Castelo de Windsor, ao lado de seu pai, o Rei George VI.