César Tralli se pronuncia pela primeira vez após a morte da mãe

O jornalista César Tralli usou as suas redes sociais para falar pela primeira vez após o falecimento da mãe, Edna.
O jornalista César Tralli usou as suas redes sociais para falar pela primeira vez após o falecimento da mãe, Edna.

O jornalista e apresentador do Jornal Hoje, César Tralli, usou as suas redes sociais nesta quarta-feira (12) para se pronunciar pela primeira vez após a morte da mãe, Edna Tralli, que faleceu no último domingo (9) em um acidente aéreo. O avião onde estavam Edna e seu namorado, Euclides Brosch, caiu em uma represa na cidade de Paranapanema, que fica no interior do estado de São Paulo.

César disse, em um trecho do texto publicado, que lembrar da trajetória da mãe o inspirava em momentos de dificuldade. “Sempre que eu me sentia triste ou abatido por algum motivo, eu pensava em minha mãe. Olha o que ela passou. Levanta a cabeça e vai à luta. À essa estrondosa resiliência, se somaram outros importantes aprendizados dela. Ética. Generosidade. Amor ao próximo. Otimismo. Compaixão. Fé inabalável”, disse.

O marido de Ticiane Pinheiro falou também sobre o momento de vida que a mãe estava passando. César Tralli ressaltou que ela estava feliz e apaixonada ao lado de Euclides Brosch, de quem o apresentador disse gostar muito. “Minha mãe se despede de nós abruptamente aos 74 anos. Estava jovem. Feliz. Apaixonada. Voando, literalmente, com seu namorado Euclides, que foi piloto profissional na avião civil por 36 anos. Outra perda irreparável também. Eu gostava demais dele”, declarou.

Tralli expôs ainda o desejo de ter a sua mãe ao lado das filhas. “Queria tanto mamãe sonhando ainda mais alto ao lado do amor dela, mais perto também da minha caçula de 3 anos. Da irmã, de 13 anos”, lamentou. O jornalista relembrou ainda o falecimento da irmã, Gabriela, que aconteceu em 2018. “Hoje sinto que mamãe está perto da filha dela, Gabi. Minha irmã especial, amor infinito. Enfim. Se eu puder continuar honrando o legado da minha mãe, isso já me trará muito conforto. É o que eu verdadeiramente busco. Aproveite muito mãe seu reencontro com a Gabi. Faça o que ela tanto amava: dançar. Dancem felizes aí com os anjos. Que eu seguirei daqui aplaudindo vocês”, disse, de forma emocionada.

Nos comentários, diversos fãs e colegas de trabalho de César Tralli lhe prestaram homenagens. Um deles foi o colega Fábio Turci, que é repórter. “Querido Tralli, tanta coisa boa que sua mãe plantou vai continuar germinando e florescendo por aqui. Ela vive em todos esses valores e aprendizados que você listou com tanto coração. Força e paz a vocês que ela há de estar orgulhosa do lado de lá”, comentou Fábio.

Leia abaixo o post de César Tralli na íntegra:

Gratidão.

Muito obrigado pelas milhares de mensagens que me confortam tanto. E que chegam de todos os cantos.

Minha mãe foi uma lição de vida desde o princípio da vida dela. Uma mulher que nasceu na roça, com mais 8 irmãos (3 homens e 6 mulheres ao todo). Uma mulher que -na infância e juventude- cortou cana de açúcar nos canaviais do entorno de Jaboticabal, interior paulista.

Uma mulher que colheu algodão, que colheu amendoim e que vendeu o produto da sua colheita, do seu suor, de porta em porta e em estádio de futebol. Uma mulher que enfrentou enormes dificuldades, sem jamais perder a doçura, o entusiasmo e a alegria de viver.

Uma mulher que não tinha medo de pedir ajuda. E que sempre carregava cestas básicas no porta malas do carro pra ajudar alguém no meio da rua.

Sempre que eu me sentia triste ou abatido por algum motivo, eu pensava em minha mãe. Olha o que ela passou. Levanta a cabeça e vai à luta. À essa estrondosa resiliência, se somaram outros importantes aprendizados dela. Ética. Generosidade. Amor ao próximo. Otimismo. Compaixão. Fé inabalável.

Minha mãe Edna se despede de nós abruptamente aos 74 anos. Estava jovem. Feliz. Apaixonada. Voando -literalmente- com seu namorado Euclides, que foi piloto profissional na avião civil por 36 anos. Outra perda irreparável também. Eu gostava demais dele.

Queria tanto mamãe sonhando ainda mais alto ao lado do amor dela, mais perto também da minha caçula de 3 anos. Da irmã, de 13 anos. Mas hoje sinto que mamãe está perto da filha dela, Gabi. Minha irmã especial, amor infinito.

Enfim. Se eu puder continuar honrando o legado da minha mãe, isso já me trará muito conforto. É o que eu verdadeiramente busco.

Aproveite muito mãe seu reencontro com a Gabi. Faça o que ela tanto amava: dançar. Dancem felizes aí com os anjos. Que eu seguirei daqui aplaudindo vocês.

Gratidão eterna. Amor eterno.